terça-feira, 6 de janeiro de 2015

BRINCANDO NA CHUVA


    IMAGEM:  http://graciellepb.blogspot.com.br/2009/10/chuva.html



     BRINCANDO NA CHUVA !

Abençoada madrugada  chuvosa...  Acordei com  a música da chuva que caia forte  e pelas  biqueiras se derramava formando micros rios pela rua.                                                                                                                                       
Minha filha Alanna já tinha despertado com a chuva que ela tanto gosta.  Voltamos a sentir  um friozinho   que temporariamente espantou o calor da madrugada abafada.                                                                 
Lembrei da minha infância, em Sobral, quando no inverno eu e toda a meninada disputávamos     as biqueiras com forma de boca de jacaré,  por jorrar  um maior volume de água. 
 Sai para a rua e a chuva veio me fazer criança mais uma vez: corri de braços abertos como que abraçar uma amiga que não  via há muito tempo, os pingos de água eram palavras de saudade; não encontrei “ uma boca de jacaré “, mas uma bica 
de cano de plástico ( que derramava  a preciosa água, que no Sertão é quase um milagre nos dias de hoje ),e essa  era a minha “ biqueira “ do século XXI. Eu e a Alanna  mergulhamos   nesta chuva  que misturava sentimentos de saudade, gratidão a Deus, e a certeza de que a satisfação plena está na simplicidade de um banho de chuva com seus filhos.                                                                                                                 
Os sons  da   chuva,  que continuava caindo, com seus relâmpagos e trovões assustadores, ecoam na minha mente me fazendo lembrar de tempos esquecidos, momentos que marcaram a minha infância e hoje a água da  chuva lava minha alma,  meu rosto e confunde-se com a água quente e salgada que brota dos  meus olhos.                                                                                                                      
 A Alanna  divertia-se e sorria muito sem entender a minha felicidade.

   
AURIBERTO CAVALCANTE
   POETA CHOCALHEIRO

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

LUTO... A POESIA CHORA...

LUTO... À-DEUS, MÁRIO...
A POESIA CHORA, AMIGO...



POETA AURIBERTO CAVALCANTE NO ESCRITÓRIO DO MÁRIO GOMES CONVERSANDO  SOBRE POESIA



          NO ESCRITÓRIO DO MÁRIO GOMES ( PRAÇA DO FERREIRA )



MÁRIO GOMES ERA MUITO PRÓXIMO DOS CHOCALHEIROS E SEMPRE
 QUE PODIA PARTICIPAVA DAS AÇÕES DO GRUPO CHOCALHO.



"QUANDO EU MORRER


Quando eu morrer
Irão distribuir minhas camisas,
Minhas calças, minhas meias, meus sapatos.
As cuecas jogarão fora.
Ninguém usa cueca de defunto.
Irão vascular minha gaveta.
Vão encontrar muita poesia,
Documentos e documentários.
Só sei dizer
Que foi gostoso viver.
Sentir o amor e proteção de minha mãe.
De conhecer meus irmãos, meus amigos.
De vê de perto as mulheres.
Só posso deixar escrito:
“obrigado vida”."



Mário Gomes



 POETA MÁRIO GOMES RECEBENDO O TROFÉU " MÉRITO CHOCALHEIRO "