sábado, 14 de abril de 2012

JORNALISMO: NOTA DE REPÚDIO

SOLIDARIEDADE AO SINDJORCE 
 
 

          NOTA DE REPÚDIO
 









 As entidades abaixo assinadas repudiam, de forma veemente, o afastamento unilateral da presidente em exercício do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), Samira de Castro, da redação do Diário do Nordeste pelo diretor editor Ildefonso Rodrigues. O maior jornal do Ceará dispensou os trabalhos da jornalista em retaliação à matéria “Prática antissindical: Diário e O Povo censuram edital de assembleia por local de trabalho”, publicada no site do Sindjorce no dia 26 de março.

A repercussão nacional da denúncia despertou odescontentamento dos patrões. Dois dias depois da publicação da matéria, o presidente do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas (Sindjornais), Mauro Sales, ameaçou, na presença de funcionários do jornal O Povo, o diretor de Ação Sindical do Sindjorce, Mirton Peixoto. Sales disse que os jornais iriam “endurecer” com o sindicato laboral, ameaça que se concretizou na semana seguinte.

Na tarde de segunda-feira (02/04), o editor Ildefonso Rodrigues chamou Samira na sala dele para comunicar que o jornal estava “liberando” a dirigente da obrigação de trabalhar. Afirmou que “não era interessante” para o Diário do Nordeste a presença da sindicalista na redação, atitude que caracteriza claramente perseguição política e prática antissindical por parte da empresa.

Com a expulsão da presidente do Sindjorce da redação, sobe para seis o número de dirigentes sindicais empregados do Diário do Nordeste e do O Povo a serem demitidos ilegalmente ou afastados compulsoriamente dos locais de trabalho em função da atuação sindical. São eles: Antônio Alves Gaudino, secretário-geral, e Juarez Alves, secretário de Formação (ambos do Sintigrace); Mirton Peixoto, diretor de Ação Sindical do Sindjorce, Evilázio Bezerra, diretor executivo da entidade, e Déborah Lima, diretora de Administração e Finanças do sindicato.

As entidades repudiam a posição intimidatória dos jornais cearenses, certas de que este é o sentimento de toda categoria. Os trabalhadores não irão se intimidar diante destas ações e, com consciência, autonomia e independência, continuarão a defender aumento real, condições dignas de saúde e segurança, igualdade de direitos e fim das práticas antissindicais.

Federação dos Periodistas da América Latina e do Caribe - Fepalc
Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ
Confederação Nacional dos Trabalhadores Gráficos
Sindicato dos Jornalistas do Ceará
Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal
Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro
Sindicato dos Jornalistas da Paraíba
Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte
Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul
Federação dos Trabalhadores em Comércio e Serviços do Ceará – Fetrace
Sindicato dos Gráficos do Estado do Ceará - Sintgrace
Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Valores - SindValores
Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual - Mova-se
Central Única dos Trabalhadores (CUT) e sindicatos filiados
Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e sindicatos filiados
Sindicato
dos professores no estado do Ceará (APEOC)
GRUPO CHOCALHO 



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" Tribuna livre: Sindicato dos Jornalistas denuncia perseguições a profissionais "

 
  
SAMIRA DE CASTRO - SINDJORCE
 
 " O Sindicato dosJornalistas no Ceará (Sindjorce) contabiliza seis profissionais demitidos ou afastados arbitrariamente de seus locais de trabalho devido à atuação sindical. A presidente em exercício da entidade, Samira de Castro, que começou a fazer parte desta estatística na última semana, quando foi afastada da redação do jornal Diário do Nordeste, onde atuava como repórter, fez a denúncia nesta quarta-feira, 11, durante participação na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Fortaleza. As denúncias feitas na sessão foram transmitidas ao vivo pela TV e rádio Fortaleza.

Não à toa o Ceará é líder no ranking nacional da violência contra jornalistas, segundo pesquisa realizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Por violência, entenda-se a censura, a ameaça, a cobertura de risco e a prática antissindical. Além das demissões e afastamentos arbitrários de dirigentes sindicais, praticados pela direção dos jornais O Povo e Diário do Nordeste, as empresas também censuraram, segundo a diretora de Administração e Finanças do Sindjorce, Déborah Lima, editais de convocação para assembleias por local de trabalho.

Deborah, que é 1ª Tesoureira da FENAJ, também está afastada do exercício da profissão. Repórter de política do jornal O Povo, a jornalista foi presidente do Sindjorce por dois mandatos e, quando desejou voltar à redação, sofreu as consequências da perseguição política aos sindicalistas. “Por ter feito uma escolha política e ideológica de defender os trabalhadores da comunicação, estou pagando um alto preço, que é me tirarem o direito de exercer minha profissão”.

Para Samira, as práticas de perseguição e de censura estão fora do contexto atual do País, que teve um presidente operário e tem uma presidenta que foi presa política. “Os jornais nos impedem de entrar nas redações. Eles não entendem que estamos em um momento de diálogo e nos atacam”, disse. De acordo com ela, os casos serão levados à organização Internacional do Trabalho (OIT) pela FENAJ.

Com informações da Câmara Municipal de Fortaleza
Foto: Genilson de Lima
 

FONTE: SINDJORCE   
http://www.sindjorce.org.br/blog/sindjorce-noticias/categoria/direito-do-trabalhador/jornalistas-fazem-ato-publico-em-defesa-da-liberdade-de-organizacao-sindical

http://www.sindjorce.org.br/blog/sindjorce-noticias/categoria/direito-do-trabalhador/tribuna-livre-sindicato-dos-jornalistas-denuncia-perseguicoes-a-profissionais

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